quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

ANTONIO COUTINHO

A história deste estudante brasileiro da 
Universidade de Coimbra foi triste e lamentável

Antonio José da Silva Coutinho (1705-1739) nasceu 
no Rio de Janeiro. Foi escritor, dramaturgo e 
recebeu o apelido de "O Judeu".


Era filho do advogado e poeta João Mendes da Silva com Lourença Coutinho.

Lourença, sua mãe, foi deportada para Portugal e processada pela Inquisição por práticas judaizantes.

João Mendes, o pai, decidiu ficar próximo da mulher, transferindo-se para Portugal, ocasião que levou o filho Antonio Coutinho.

Em Portugal, no ano de 1725, Antonio Coutinho inicia o curso de Direito na UC.

Interessa-se pela dramaturgia e escreve uma peça, satirizando as autoridades que condenavam as pessoas por práticas judaizantes.

Por conta desta sátira é preso pela Inquisição.

Não teve a mesma sorte que a mãe, uma tia e um irmão 
que também foram presos, mas liberados em seguida.

Quando preso, Antonio Coutinho foi torturado até ficar inválido.

Como se não bastasse, morre ao ser queimado num auto-de-fé (penitencias realizadas em praça pública), não sem antes ter sido estrangulado.

Antonio Coutinho tornou-se o mais famoso dramaturgo de
língua portuguesa do seu tempo, deixando várias peças de sucesso.

Ficou imortalizado através da obra literária "O Judeu" de Camilo Castelo Branco.

Bernardo Santareno retrata-o numa peça em 1966 e 
em 1995, a sua vida é novamente lembrada no filme "O Judeu".

A FUNARTE - Fundação Nacional de Artes e o CAMÕES - Instituto de Cooperação e da Língua Portuguesa instituiram em 2007, o Prêmio Luso-brasileiro intitulado "Prêmio Antonio José da Silva"

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