A história deste estudante brasileiro da
Universidade de Coimbra foi triste e lamentável
Universidade de Coimbra foi triste e lamentável
Antonio José da Silva Coutinho (1705-1739) nasceu
no Rio de Janeiro. Foi escritor, dramaturgo e
recebeu o apelido de "O Judeu".
Era filho do advogado e poeta João Mendes da Silva com Lourença Coutinho.
Lourença, sua mãe, foi deportada para Portugal e processada pela Inquisição por práticas judaizantes.
João Mendes, o pai, decidiu ficar próximo da mulher, transferindo-se para Portugal, ocasião que levou o filho Antonio Coutinho.
Em Portugal, no ano de 1725, Antonio Coutinho inicia o curso de Direito na UC.
Interessa-se pela dramaturgia e escreve uma peça, satirizando as autoridades que condenavam as pessoas por práticas judaizantes.
Por conta desta sátira é preso pela Inquisição.
Não teve a mesma sorte que a mãe, uma tia e um irmão
que também foram presos, mas liberados em seguida.
Quando preso, Antonio Coutinho foi torturado até ficar inválido.
Como se não bastasse, morre ao ser queimado num auto-de-fé (penitencias realizadas em praça pública), não sem antes ter sido estrangulado.
Antonio Coutinho tornou-se o mais famoso dramaturgo de
língua portuguesa do seu tempo, deixando várias peças de sucesso.
língua portuguesa do seu tempo, deixando várias peças de sucesso.
Ficou imortalizado através da obra literária "O Judeu" de Camilo Castelo Branco.
Bernardo Santareno retrata-o numa peça em 1966 e
em 1995, a sua vida é novamente lembrada no filme "O Judeu".
A FUNARTE - Fundação Nacional de Artes e o CAMÕES - Instituto de Cooperação e da Língua Portuguesa instituiram em 2007, o Prêmio Luso-brasileiro intitulado "Prêmio Antonio José da Silva"
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